Mansidão é ler Alberto Caeiro,
Às cinco da manhã,
Enquanto ainda se ouvem as últimas gotas de chuva
Antes de amanhecer.
É escutar a esposa e o filho a ressonar,
Ainda dormindo,
Sabendo que logo despertarão
Com o cheiro de café forte a invadir a casa.
Da janela do prédio da cidade grande,
Ver o mato e as veredas já conhecidas,
Reconhecendo-se duplo, múltiplo;
E ficar em paz consigo mesmo.