Leio para aliviar a fome de saber,
Angústia de existir…
Penso, logo padeço
Sou um quadro fosco,
Invariavelmente tosco.
Crer é se entregar,
Vislumbrar a infinitude.
Corro, por vezes, em círculos
Balanço para frente e para trás.
Seriam essas atitudes
Frente à magnitude do desconhecido
Inúteis? Banais?
Sucumbo à indescritível imensidão;
Resigno-me, prostro-me de joelhos,
Vou ao chão.
Ai de mim! que apenas observo porque não sei rezar;
Ai de mim! que me perco toda vez que encaro o encontro do marinho céu com o celeste mar.