
Já quis ser importante
Hoje isso me parece fútil
Já quis ser alguém, mas ser
Eu mesmo seria o bastante?
De vaidade em vaidade
De ilusão em ilusão
Só me sobrou um nada, vão
Concreto e inconstante
Tem hora que dele
Quase nem me lembro;
Tem hora que dele
Sou guardião, vigilante
Humilhe-se e será perdoado
Perca a si mesmo, e a si
Mesmo encontrará. Será?
Encaro o espelho quebrado
Narciso sucumbiu
Diante da refletida beleza;
Há os que se orgulham de
Suas vazias tristezas
Oh, pecado capital!
Deixa-me em paz
Se não eu, torna-me capaz
De ser manso, pequeno, banal