
Do alto da torre dá para ver
Ao subir as escadas e passar por pequenas janelas
Até onde o feixe de luz alcança.
Hoje sou eu quem cuida da costa; sou sentinela.
Tão pouco é iluminado à frente!
Em meio ao imenso e sombrio oceano
Mas, ao verem o facho, quantas vidas
Já não foram salvas com o passar dos anos?
O farol que por ora vigio
Amanhã terá um novo ocupante;
Assim como eu, ele olhará para o mar
E sentirá no rosto o vento cortante;
E continuará a emitir a luz
Que para tantos é guia, bússola, salvação…
Ao fim do turno fica a certeza:
Manter o farol é mais que dever; é missão.