
Em uma noite de dezembro Acenderam a única vela da casa. Vela branca, pequena e já gasta — Fora parcialmente consumida Em outros breus. O vento que vinha da janela Brincava com a chama a ponto de Quase apagá-la, mas ela voltava, Trêmula e inconstante... Luz dançante e viva! A família então se reuniu Em volta do lume aceso e Começou a rezar em uníssono; Ao mirarem a vela, pensavam: "Estamos à espera. Ele virá!" Ó tocha que alumia a vida dos Pobres, humilhados e ofendidos, Permanece acesa e aquece as almas Até que o real amanhecer... Enfim chegue.