
Palavras... ó precisas palavras! Sem vós, o que seria de nós? Não saber dar nome às coisas: Mente embotada e tão apagada voz. No mundo somos pó, ou mesmo escória; Sem palavra, somos ainda menores! Como narrar nossas ínfimas histórias Ou compartilhar nossos amores e horrores? Poderemos a luz alcançar, divina centelha, Se dela não soubermos o verdadeiro nome? Pobre daquele que as coisas não nomeia... De palavras tenho fome, muita fome!