
Deformado como sou, Não posso querer muito. Traio a mim mesmo com frequência... Como posso continuar a luta? Encaro o espelho com tristeza E me desamparo com a falta absoluta Que me invade nas noites em desespero... Senhor, tudo que escrevo se torna prece, Eu querendo ou não! Mais importante que uma vida: duas! E, ainda mais, importam todas as vidas Que de Ti vieram! Minha Pasárgada não é deste mundo E temo não alcançá-la... Avante, bicho errante e burro, Que água parada apodrece! No fim — nada falta; Nada há de faltar. Rio é travessia... Eis tudo.