Colcha de retalhos

(Foto: Imagem ilustrativa | Pixabay)
Minha vó Terezinha, quando mais nova, costurava para aumentar a renda familiar.
Do ofício veio o prazer: dar roupas e cobertores, que ela mesma fazia, aos parentes.

Mais de uma vez ganhei da nonna uma colcha de retalhos.
Para mim, valiam e valem mais que qualquer manta ou edredom.

Quando olho para a única delas que ainda tenho comigo, lembro-me do João de Cordisburgo, aquele tal de Guimarães, que já escreveu que viver é um rasgar-se e remendar-se. E não é?

Digo é isto: que a colcha de retalhos que por vezes me cobriu em noites frias é como a vida de cada dia — comezinha, mas tão bonita... — Ô se é!

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