
Com minhas mãos sujas de terra Cultivei apenas o que era essencial. Ergui minha morada terna e singela E afastei-me o quanto pude do mal. Semeei o campo que a mim pertencia E colhi o que a natureza quis me dar. Com o tempo padeci: a força se esvaía... Mas mantive o credo, a roça e o lar. Lavrei minha terra com ternura; Também lavrei minhas ações e pensamentos. Sofri os revezes: "Êta vida dura!" Tive fé, e apanhei o que era meu por direito. Queira Deus que eu morra em paz! Partindo daqui brando e tranquilo... Sendo adubo para os que vierem após; Ou sendo, para os humilhados, asilo.