O lavrador

Foto: 10wallpaper.com
Com minhas mãos sujas de terra
Cultivei apenas o que era essencial.
Ergui minha morada terna e singela
E afastei-me o quanto pude do mal.

Semeei o campo que a mim pertencia
E colhi o que a natureza quis me dar.
Com o tempo padeci: a força se esvaía...
Mas mantive o credo, a roça e o lar.

Lavrei minha terra com ternura;
Também lavrei minhas ações e pensamentos.
Sofri os revezes: "Êta vida dura!"
Tive fé, e apanhei o que era meu por direito.

Queira Deus que eu morra em paz!
Partindo daqui brando e tranquilo...
Sendo adubo para os que vierem após;
Ou sendo, para os humilhados, asilo.

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