Sou paulista, paulistano, mas minha mãe afirma que fui concebido em Monte Verde, o que não duvido. Moça ou moço que me lê ( pode ser senhora ou senhor também), deixo uma confissão: como gosto de uma comidinha mineira caseira, viu! Conheço Guaxupé, cidade da família materna; já fui à Guaranésia e Muzambinho. Já visitei Cambuquira e Três Corações.
Barbacena só conheço por causa do Machado, o de Assis. Aprendi mais um monte de localizações de Minas Gerais ao ler livros de Guimarães Rosa e Fernando Sabino. Aí a lista poderia ser extensa a perder de vista… melhor nem começar. Já tive ou ainda tenho devaneios de um dia produzir azeite em Maria da Fé. Olha a maluquice!
Ah, tenho muita vontade de conhecer as cidades históricas: Congonhas, Ouro Preto, Diamantina,… Enfim, chego ao ponto que queria: não sou mineiro, ou sou em parte, ou só de coração (não é o que importa?), mas não pude deixar de me comover com o recente desastre em Brumadinho, assim como o de Mariana anos atrás.
Não escrevo para apontar culpados ou pedir justiça, embora as duas ações sejam necessárias. Nem busco algum reconhecimento à custa dos outros. Só queria deixar, daquele “jeitim bem minero memo, uai”, minha homenagem ao lugar que faz parte da minha história e de quem sou.
Minas já foi cantada e versada por grandes escritores e poetas — Drummond não me deixa mentir. Sei que não sou ninguém de grande importância para que me deem atenção. Porém, sou mais um, entre tantos outros, que ama Minas Gerais.